Mais um Bolsonarista arrependido que vem a público demonstrar
que aquela narrativa de que o governo Bolsonaro não tem corrupção é
completamente falsa. Dessa vez foi o deputado delegado Waldir, ex-líder do PSL
e apoiador de primeira hora do presidente Bolsonaro que afirma ter recebido a
proposta de liberação de dez milhões de reais em emendas do relator – aquelas
do orçamento secreto – para votar em Arthur Lira. Ainda segundo o dep. Delegado
Waldir, esse mesmo expediente está sendo utilizado para a aprovação da reforma
administrativa.
Esse orçamento secreto de acesso apenas ao relator foi o
caminho escolhido pelo governo Bolsonaro para aprovar suas demandas no
Congresso Nacional. Na prática, mais do que falta de transparência, esse
mecanismo serve para comprar os votos dos parlamentares, sendo liberadas
emendas do relator apenas para quem votar de acordo com o encaminhamento do
governo.
Mesmo que não fosse um crime a compra de votos, só o fato de
não termos a transparência para saber quem foram os deputados ou senadores
beneficiados e onde serão aplicados os recursos das emendas já seria uma
excrecência.
Os dados que aos poucos vão sendo desnudados mostram que ao
contrário do mantra que difundem os bolsonaristas, esse governo está
completamente envolto em corrupção. Desde a corrupção na compra de vacinas para
Covid, como determinou o relatório final da CPI da COVID no Senado até o tal
orçamento secreto, o que se vê sempre são as digitais da família Bolsonaro ou
de alguém muito próximo ao clã cometendo irregularidades ou metendo as mãos nos
cofres públicos.
Com as eleições de 2022 chegando, já falta menos de um ano
para que possamos escolher quem vai subir a rampa do Palácio do Planalto, os
velhos setores conservadores e neoliberais já se movimentam freneticamente para
encontrar um representante que possa ocupar o lugar de Bolsonaro seguindo o
mesmo viés político e econômico só que de forma mais controlada por eles
mesmos, o que não conseguiram fazer com o Bolsonaro.
Para tanto, utilizam-se dos mesmos expedientes empregados em
2018 quando tiraram o ex-presidente LULA da disputa com a armação montada por
Moro e a grande mídia, na época o agora ex-Juiz de forma premeditada criou um
processo fantasioso com o objetivo de condenar, prender e retirar da disputa, o
ex-presidente LULA, que na ocasião liderava todas as pesquisas de intenção de
votos.
Com a prisão de LULA e a campanha de difamação contra o PT
difundida de forma constante por toda a grande mídia levou a um grande
sentimento contra a esquerda e consequentemente a eleição do pior presidente
brasileiro de todos os tempos, Jair Bolsonaro.
Finalmente ano passado o Supremo Tribunal Federal – STF
julgou recurso da defesa de LULA e decidiu por anular todo o processo contra o
ex-presidente e determinar a suspeição de MORO ao ficar evidente suas práticas
obscenas e ilegais para constranger e conseguir delações falsas.
Sabendo disso precisamos ficar atentos e vigilantes para não
permitir que novamente as forças obscuras dos conservadores e neoliberais
entrem em ação contra nossos representantes para mais uma vez eleger alguém
corrupto e que se preocupe apenas com o tal mercado. Nas eleições do ano que
vem temos a oportunidade de novamente eleger um estadista, mas acima de tudo,
um presidente que tenha como meta incluir os mais pobres e os trabalhadores na
pauta principal do seu governo.