Texto: Karina Lindoso
Em tempos de olímpiadas me vem a cabeça, um questionamento que sempre
tenho quando assisto uma partida oficial de qualquer esporte na praia, como
handebol e vôlei de praia: por que os times femininos, tem que jogar com biquínis
minúsculos, e certamente desconfortáveis, enquanto os times masculinos jogam de
calção confortável e camiseta? Qual a necessidade de o regulamento estabelecer
este tipo de uniforme para o time feminino? Imagina você se jogando na areia
para defender uma bola com um biquíni entrando na B.... É absurdo que a
vestimenta seja definida sem levar em consideração o bem-estar das atletas.
Essa questão tem sido abordada por atletas, que querem abolir a obrigatoriedade
deste tipo de uniforme.
As jogadoras de handebol de praia da seleção da Noruega, por exemplo, trocaram
o biquíni, utilizado como uniforme, por shorts, e a federação foi multada em
cerca de R$ 9 mil. O caso tem repercutido nas redes sociais e as reinvindicações
ganharam força.
As atletas femininas da ginástica artística da
Alemanha se apresentaram no treino de pódio, realizado na última quinta-feira
(22), vestindo macacões que cobrem as pernas até a altura dos tornozelos,
deixando de lado os maiôs cavados.
A situação fica pior. A forma física das atletas são
alvos de comentários depreciativos nas redes sociais, como foi o caso da
jogadora de vôlei de praia do Brasil, Rebeca, que foi alvo de ataques pela sua forma física. Uma situação absurda.
É necessário que esta postura dos comitês esportivos mude, e que olhem as
atletas de maneira realmente esportiva, priorizando o seu bem-estar, e não a
exposição gratuita das atletas em biquínis minúsculos e maiôs cavados. Essa discussão começou e não pode parar.
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