sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Coerência não combina com imposição

 



Começo esse texto buscando na memória a trajetória política do vice governador Carlos Brandão e sem qualquer surpresa verifico que sua trajetória de vida foi edificada seguindo os preceitos ideológicos de direita, inclusive direcionando suas armas na luta contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e suas pautas sociais e trabalhistas. Mas isso seria apenas um detalhe que poderia ser “esquecido”, agora que sob a iluminação do governador Flavio Dino e por osmose ao entrar no PSB virou progressista.

 

Pode até ser que esses caciques sem tribo não lembrem do estrago que esses tucanos causaram ao Brasil em 2014 quando perderam a eleição e resolveram impedir a presidenta DILMA de governar, mas o povo trabalhador não perdoa sabe que sofre as consequências do golpe até hoje. Não vai ser a simples mudança de legenda que irá transformar um tucano conservador em um político progressista. 


Os relatos dos sindicalistas quando visitavam o gabinete do deputado Brandão em busca de apoio às suas pautas são estarrecedores; sem qualquer constrangimento os representantes dos trabalhadores eram dispensados com um “obrigado pela visita, mas essa pauta não é de nosso interesse” e é com esse perfil que agora Brandão busca o apoio dos trabalhadores para ser governador do Maranhão.


Por coerência e por respeito às nossas lutas precisamos fazer algumas reflexões: O que levou Flavio Dino a escolher Brandão mesmo sem cumprir os pré-requisitos acordados em reunião do grupo?  A posição pessoal do governador deve se sobrepor à vontade das bases? PORQUE O SENADOR Weverton mesmo atendendo todos os pré-requisitos do grupo foi escanteado por Flavio Dino?


Os trabalhadores tem uma grande responsabilidade nesse processo eleitoral e devem mostrar maturidade para entender que suas escolhas impactam em toda a sociedade, portanto, não têm o direito de errar. Precisam escolher entre um representante das elites conservadoras do estado e um jovem senador forjado na luta social e defensor das pautas trabalhistas.


Texto: Ricardo Milan 

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