Flávio Dino cercado por sua "Tchurma" |
Fonte: blog Opinando
A tentativa de privatizar a campanha do Lula no Maranhão
está custando muito caro ao ex-governador Flávio Dino. Além de desestabilizar a
Base local do PT, começa a fazer água também entre os dirigentes de alto
coturno na direção estadual, sem falar que a direção nacional do Partido, e
gente muito próxima ao Lula, também já estão incomodados com a postura do
ex-juiz e buscam através do senador Weverton a ampliação dos espaços pró-Lula
no Maranhão principalmente no palanque do pedetista, que segundo as pesquisas
já está com os dois pés do segundo turno da eleição para o governo do Estado.
Na última sexta-feira, Flávio mais uma vez tentou mostrar
força para impor sua propriedade sobre a marca “LULA” e promoveu o
pré-lançamento da chapa Lula/Alckmin em um ato organizado em uma casa de
eventos de luxo pelo que ele chamou de o “time de Lula no Maranhão”.
Muito longe de ter a cara do Lula e do povo que o apoia, o
evento teve como característica o uso da máquina pública, com dezenas de
servidores sendo vigiados pelos seus chefes, lideranças de partidos com cargos
na estrutura do governo do Estado, a turma pessoal do ex-governador e
pouquíssimos militantes das bases sociais.
Como dito em muitos blogs, faltou petistas em um evento que
deveria ser capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores, afinal, Lula é um
patrimônio do PT e é a maior liderança dos movimentos sociais e sindicais do
mundo, sendo assim o maior capital político de qualquer eleição.
Esse episódio mostra mais uma vez que se Flávio Dino não
mudar os rumos de sua campanha em direção às bases partidárias e sociais que
fizeram dele o governador do Maranhão em 2014, concretizando as promessas de
campanha de rejuvenescer o quadro político do Estado, incentivando as novas
lideranças e aprofundando as políticas públicas e sociais de viés mais à
esquerda, estará caminhando para o abismo eleitoral. Ao invés de ser o senador
mais votado na história poderá ser o primeiro ex-governador a sair do governo
do Estado e além de não eleger o seu candidato a governador, também não
conseguirá a vaga para a Câmara Alta.
Para cumprir a determinação do diretório nacional de
aumentar o leque de alianças e possíveis palanques para a chapa LULA/Alckmin,
grande parte da militância do PT, dirigentes de várias correntes do Partido,
lideranças do movimento social e sindical reunirão no Sindep/MA hoje, a partir
das 18:00 horas para organizar sua participação no Encontro Estadual de Tática
Eleitoral que acontecerá nos dias 28 e 29 de maio com o objetivo de definir os
rumos do PT nas eleições de 2022. A Tese defendida pelo grupo, além de
priorizar a aliança com o senador Weverton, que tem historicamente proximidade
política e ideológica com o campo petista, argumenta também a necessidade de
palanques múltiplos para Lula no Maranhão, afinal, não parece lógico que a
direção nacional faça tanto esforço nacionalmente para ampliar apoios criando
uma frente ampla e aqui no Maranhão a direção estadual do PT caia na armadilha
de Flávio Dino de restringir ao palanque de Lula apenas seus indicados; ex-“demo”
Filipe Camarão, ex-tucano Carlos Brandão e até
bolsonarentos como Pedro Lucas e Fufuca.
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