sexta-feira, 30 de julho de 2021

Com 553 mil mortos, Queiroga celebra ‘sucesso’ da campanha de vacinação

 



O Brasil mantém um alto platô de mortes diárias por Covid-19, cerca de 1.083, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa. Somente na quarta-feira (28), o país perdeu 1.366 vidas para a doença. O número é mais alto do que o período mais crítico da pandemia em 2020, no mês de julho. Apesar da tragédia, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga entrou em rede nacional, na quarta-feira (28), para falar que o país pode se “orgulhar” do “sucesso” da campanha de vacinação, a despeito de o Brasil ter pouco mais de 18% da população imunizada.

 

“Hoje, podemos nos orgulhar do sucesso da nossa campanha de vacinação”, delirou Queiroga, no pronunciamento. “Cem milhões de brasileiros tomaram ao menos uma dose”, disse, pintando um quadro de 63% da população adulta vacinada. O consórcio de imprensa traz um cenário menos otimista: os vacinados com a primeira dose equivalem a 46,3% da população.

 

O ministro, no entanto, dobrou a aposta na mentira ao dizer que Jair Bolsonaro “promoveu estratégia diversificada de acesso às vacinas”. Como todo devaneio, as declarações de Queiroga deslocam-se com rapidez da realidade, uma vez que o ministro fez referência ao maior sabotador do enfrentamento à pandemia do país. Bolsonaro não só atrasou a chegada de imunizantes que poderiam ter poupado milhares de vidas como atuou em campanhas antivacinas, como declarou à CPI da Covid a própria ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da Saúde, Franciele Fantinato.

 

Como se sabe, a vacinação poderia ter começado ainda em dezembro de 2020 se Jair Bolsonaro não tivesse ignorado ofertas de vacinas da Pfizer do próprio Instituto Butantan, produtor da CoronaVac. Ao invés disso, investiu em “vacinas” fornecidas por empresas intermediárias que atuam sem autorização de laboratórios.

 

Atrasos na vacinação causaram ao menos 110 mil mortes

“Se o governo federal tivesse aceitado as ofertas de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e de 100 milhões de doses da Coronavac no segundo semestre de 2020, a aplicação de 2 milhões de doses por dia, a partir de janeiro, teria poupado 110 mil vidas até o final de 2021”, declarou o epidemiologista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Eduardo Massad à CNN, em abril.

 

Para se ter uma ideia do atraso do Brasil, a União Europeia deverá fechar o verão com mais de 70% da população vacinada com duas doses. Queiroga, no entanto, tenta vender a ilusão do êxito de uma campanha que, diante de 553 mil mortos, não pode ser considerada um sucesso, muito menos motivo de orgulho.

 

“Se o pronunciamento de Queiroga fosse um filme, o gênero seria farsa e o título poderia ser: “Queiroga no país das maravilhas”, critica o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

 

Falsa cooperação com Estados e municípios

O balanço de Queiroga também ignorou a tempestuosa relação do governo federal com estados e municípios, vendendo uma ideia de que Bolsonaro investiu na cooperação com governadores e prefeitos no enfrentamento do surto. “Graças aos esforços do governo federal, e em parceria com estados e municípios, seguiremos avançando a vacinação em todo o país”, prometeu o ministro do país das maravilhas.

 

Na vida real, o que ocorreu foi o contrário, como atestam declarações do próprio Queiroga nesta semana. Diante do atraso na entrega de doses e paralização das campanhas de nove capitais, o ministro tentou responsabilizar os gestores pelos atrasos de sua pasta.

 

Na semana passada, o Ministério da Saúde recebeu 16 milhões de vacinas mas demorou quase uma semana para distribuir os lotes a estados e municípios. Queiroga não teve dúvida e transferiu o problema: “É necessário que as determinações pactuadas no âmbito do PNI com a participação dos entes subnacionais, estados e municípios, sejam mantidas na ponta”, atacou o ministro. “Não é correto que os municípios fiquem alternando o que foi tratado na tripartite. Senão, você cria uma verdadeira confusão”, esquivou-se.

 

Infelizmente, o país das maravilhas de Queiroga só existe nos seis minutos de seu pronunciamento.

 

Fonte: PT com informações de G1

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Tem necessidade do uniforme ser biquíni?





Texto: Karina Lindoso

 

Em tempos de olímpiadas me vem a cabeça, um questionamento que sempre tenho quando assisto uma partida oficial de qualquer esporte na praia, como handebol e vôlei de praia: por que os times femininos, tem que jogar com biquínis minúsculos, e certamente desconfortáveis, enquanto os times masculinos jogam de calção confortável e camiseta? Qual a necessidade de o regulamento estabelecer este tipo de uniforme para o time feminino? Imagina você se jogando na areia para defender uma bola com um biquíni entrando na B.... É absurdo que a vestimenta seja definida sem levar em consideração o bem-estar das atletas. Essa questão tem sido abordada por atletas, que querem abolir a obrigatoriedade deste tipo de uniforme.

As jogadoras de handebol de praia da seleção da Noruega, por exemplo, trocaram o biquíni, utilizado como uniforme, por shorts, e a federação foi multada em cerca de R$ 9 mil. O caso tem repercutido nas redes sociais e as reinvindicações ganharam força. 

 As atletas femininas da ginástica artística da Alemanha se apresentaram no treino de pódio, realizado na última quinta-feira (22), vestindo macacões que cobrem as pernas até a altura dos tornozelos, deixando de lado os maiôs cavados.

A situação fica pior. A forma física das atletas são alvos de comentários depreciativos nas redes sociais, como foi o caso da jogadora de vôlei de praia do Brasil, Rebeca, que foi alvo de ataques pela sua forma física. Uma situação absurda.  

É necessário que esta postura dos comitês esportivos mude, e que olhem as atletas de maneira realmente esportiva, priorizando o seu bem-estar, e não a exposição gratuita das atletas em biquínis minúsculos e maiôs cavados.  Essa discussão começou e não pode parar.


terça-feira, 27 de julho de 2021

Vamos ouvir e seguir a ciência.




Texto: Ricardo Milan 


A falta de informações por grande parte da população aliada a uma campanha insana propagada inclusive por autoridades contra o uso de vacinas continua fazendo vítimas; seja pelo contágio desses incautos que acabam perecendo ou até mesmo perdendo seus empregos.

O Ato de vacinar não é um direito individual, é uma obrigação coletiva. Todos precisam entender isso ou ao contrário do que já presenciamos em outros países onde a vida começa a voltar aos trilhos, continuaremos a ver nossos amigos e familiares sofrendo pelos efeitos da pandemia, perdendo nossos entes queridos. 

Em São Paulo um hospital demitiu uma funcionária por ela não ter aceitado tomar a vacina contra Covid mesmo a instituição tendo feito campanhas sobre a importância da vacinação e das consequências sanitárias e administrativas, fazendo-a inclusive assinar uma advertência por não aceitar ser vacinada. 

Com a demissão, a funcionária perdeu o aviso prévio e o 13º salário proporcional, a multa rescisória de 40% do FGTS, além de ter perdido o direito ao seguro-desemprego.

A decisão foi confirmada em primeira instância e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo manteve a decisão por unanimidade. A decisão foi embasada no entendimento da decisão do STF que considerou válida a vacinação obrigatória conforme a Lei nº 13.979, de 2020, entendendo que a imunização poderia ser exigida pela possibilidade de a funcionária expor-se à contaminação colocando a si, os pacientes e seus colegas de trabalho em risco.

Portanto, não caiamos nessa armadilha; vamos todos exigir que tenhamos vacinas suficientes para todos e que todos sem exceção sejam devidamente imunizados para que possamos proteger-nos e proteger nossos amigos e familiares.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

A montanha pariu um rato

 



Texto: Ricardo Milan 


A falta de capacidade administrativa e política do governo Bolsonaro o está levando ao limbo político eleitoral, aparentemente tirando lhe a chance de reeleição; seria o primeiro presidente a não conseguir reeleger-se.

A péssima condução da pandemia (mais de meio milhão de mortos), o recorde nos índices de desemprego, a alta da inflação e as evidências cada vez mais fortes de corrupção por parte do núcleo duro do governo, estão deixando Bolsonaro e seus ministros mais ideológicos fora de controle.

Como sabem que dificilmente conseguirão reverter esse quadro melancólico de fim de mandato, resolveram criar uma cortina de fumaça para justificar o desastre eleitoral que se avizinha.

Bolsonaro já vinha fazendo denúncias vazias sobre suposta fragilidade de segurança das urnas eletrônicas sem qualquer prova e fazendo lobby para a volta do voto impresso; agora foi a vez do Ministro da Defesa, Gen. Braga Neto, em ato de desespero ameaçar um GOLPE apoiado pelos comandantes das forças armadas caso não fosse implantado de volta o retrocesso dos votos impressos.

Essa ameaça mesmo sendo um delírio do velho general, não pode ficar sem consequências sob o risco de criar instabilidades e que possa passar uma ideia errada para aquela minoria que segue cegamente o presidente Bolsonaro.

Com a reação contundente dos presidentes dos outros poderes e dos representantes das mais diversas instituições em defesa da Constituição, o Ministro da defesa ficou emparedado e já recuou negando ter feito tal ameaça.

A população brasileira precisa ficar atenta e mobilizada para não permitir que esse governo de bufões continue a ameaçar nossa democracia. Dia 24 de julho, sábado, milhões de brasileiros ocuparão as ruas de mais de 300 cidades exigindo vacina para todos, auxílio emergencial de R$ 600,00 e o impeachment de Bolsonaro. Aqui em São Luís, o ato acontece as 09 horas na praça Deodoro.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Programa Mais Renda chega a Itapecuru

 





Durante as comemorações de 151 anos da cidade de Itapecuru, celebrado na quarta-feira (21), foi assinado o termo de cooperação mutua entre o Governo do Estado, Através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), e a prefeitura de Itapecuru Mirim para efetivação do programa Mais Renda na cidade. De acordo com o termo, 50 beneficiários irão receber equipamentos do programa. O Mais Renda incorpora um conjunto de ações e estratégias que visam encontrar formas inovadoras para incluir socioprodutivamente famílias em situação de vulnerabilidade social, dando meios para que as mesmas alcancem independência financeira, melhorando assim a sua qualidade se vida. A assinatura aconteceu durante solenidade, na praça Gomes de Sousa, e contou com a presença do vice-governador Carlos Brandão, secretários de estados, parlamentares e autoridades locais.


“Neste dia de festividades, ficamos felizes em trazer para a cidade de Itapecuru várias ações do Governo do Estado. Parabéns, Itapecuru, pelos 151 anos”, ressaltou o vice-governador Carlos Brandão. 


O titular da Sedes. Deputado Márcio Honaiser, esteve em Itapecuru e destacou a importância do programa na vida dos beneficiários.

 

"Ficamos felizes de estar aqui, junto com o prefeito Benedito Coroba e a primeira dama, e secretaria de Assistência Social, Teresa Landi, no aniversário de Itapecuru e assinando esse termo de cooperação mútua que traz para a cidade o Mais Renda. Este programa tão importante, que ajuda pessoas em vulnerabilidade social a conquistar sua independência financeira", disse o deputado Márcio Honaiser destacando ainda que outros programas do Governo do Estado, desenvolvimento pela Sedes, serão implantados na cidade como Restaurante Popular e Água Para Todos.

 

A secretária de Assistência Social da cidade, primeira dama Teresa Landi, agradeceu ao governador Flávio Dino e ao secretário Márcio Honaiser a chegada do programa na cidade.

 

“Queremos agradecer ao governador Flávio Dino e ao secretário Márcio Honaiser por esta iniciativa que irá mudar a vida de famílias na nossa cidade. Estamos gratos por receber o programa Mais Renda”, disse Teresa Landi.

 

O prefeito Benedito Coroba também expressou a sua felicidade pela parceria entre Governo do Estado e a prefeitura de Itapecuru Mirim.

 

“ Estamos felizes em assinar este termo de cooperação que tanto benefício vai para famílias da nossa cidade. Pra mim é um momento de muita gratidão ao governador Flávio Dino e ao secretário Márcio Honaiser. Além do Mais Renda a Secretaria de Desenvolvimento também está trazendo outras melhorias para Itapecuru. Esta é uma grande parceria”, disse o prefeito Benedito Coroba.

 

A secretária adjunta de relações institucionais e parcerias da Sedes, Agnes Bacelar, participou da cerimônia e falou sobre o impacto positivo do programa Mais Renda na vida das pessoas.

 

“Não são só 50 pessoas que serão beneficiadas. São 50 famílias, que terão a oportunidade de mudar a sua vida. Estas pessoas serão capacitadas e vão receber os equipamentos e todo o apoio para tocar suas vidas”, explicou Agnes Bacelar. 

terça-feira, 20 de julho de 2021

Feminicídio : Mais de 230 mil mulheres denunciaram casos de violência doméstica




Fonte : PT Nacional/ Elas por Elas 

Em 2020, o país registrou 3.913 homicídios de mulheres, dos quais 1.350 foram registrados como feminicídios, ou seja, foram assassinadas por sua condição de gênero — morreram por serem mulheres. Esses dados são do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicado semana passada. Segundo a organização, os feminicídios representam a média de 34,5% do total de assassinatos de mulheres.  

 De modo geral, os resultados demonstram redução de praticamente todas as notificações de crimes em delegacias de polícia. A taxa de homicídios de mulheres caiu 2,1%, passando de 3,7 mulheres mortas por grupo de 100 mil mulheres em 2019 para 3,6 mortes por 100 mil em 2020. Os registros de lesão corporal em decorrência de violência doméstica, por exemplo, caíram 7,4%, passando de taxa de 229,7 crimes por grupo de 100 mil mulheres para uma taxa de 212,7 por 100 mil.

 

 As maiores taxas de feminicídio estão em Mato Grosso com taxa de 3,6, Roraima e Mato Grosso do Sul, ambos com taxa de 3 por 100 mil mulheres, e Acre com taxa de 2,7. Em números absolutos, São Paulo liderou o ranking de feminicídios no país com 179 casos, seguido por Minas Gerais (148), Bahia (113), Rio Grande do Sul (80) e Rio de Janeiro (78).

 

No entanto, não basta apenas olhar o topo do ranking. Um número muito baixo de registros pode significar tanto uma efetividade das políticas públicas de segurança quanto um alto índice de subnotificação e silenciamento das mulheres. As menores taxas estão no Ceará, que ficou com 0,6 mortes por 100 mil, Rio Grande do Norte com 0,7 por 100 mil, São Paulo e Amazonas com taxa de 0,8 por 100 mil mulheres.

 

Em números absolutos, os estados da região Norte são os que menos registraram casos de feminicídio, sendo Roraima, Tocantins e Amapá com 9 casos em 2020; seguido por Acre (12), Roraima (14) e Amazonas (16).

 

Em relação aos dados de tentativa de feminicídio, chama atenção que cinco estados não disponibilizaram esse registro em 2020, como é o caso dos governos de São Paulo, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso e Pernambuco. Em números absolutos, o Rio Grande do Sul registrou a maior quantidade de tentativas de feminicídio do país (319), seguido por Rio de Janeiro (270) e Santa Catarina (159).

 

Melhoria das políticas ou subnotificação e silenciamento?

 A Secretaria Nacional de Mulheres do PT acompanhou as repercussões dos aumentos de casos de violência doméstica de mulheres, crianças e jovens durante a pandemia.

 

Nos casos de violência infanto-juvenil, a pandemia fechou uma das principais portas de notificação de casos: a escola. Com programas específicos voltados para proteger a criança no sistema educacional, elas ficaram sem uma via importante de denúncia. Conselho Tutelares, judiciário e autoridades também levaram um tempo para se realocarem em um novo sistema de atendimento remoto deixando a população que mais precisa vulnerável à violência sem chance de registro.

 

 Essas ponderações são importantes porque ajudam a olhar o movimento dos gráficos. Ao analisar registros por mês de ocorrência de casos de estupros e estupros de vulnerável no ano passado percebemos uma queda brusca em abril de 2020, o primeiro mês de isolamento social de prevenção à pandemia de Covid-19, que volta a crescer fortemente em maio.

 

 O alvo é o corpo da mulher negra

As estatísticas demonstram que o feminicídio e a violência doméstica acometem mulheres do país inteiro, no entanto o peso do alvo tem cor e raça. Entre as vítimas de feminicídio no último ano 61,8% eram negras, 36,5% brancas, 0,9% amarelas e 0,9% indígenas. Entre as vitimas dos demais homicídios femininos 71% eram negras, 28% eram brancas, 0,2% indígenas e 0,8% amarelas, apontou o Anuário.

 

Grau de risco: ser mãe. Mulheres com criança sofreram mais violência

 A maternidade virou fator de risco para a integridade física da mulher durante a pandemia. Um recorte inédito de um estudo revelou que 60% das mulheres que foram vítimas de violência doméstica na pandemia tem filhos

 A pesquisa Visível e Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha em 2021, demonstrou como as famílias, especialmente, as mulheres estiveram nesse período, submetidas a um ambiente de maior tensão nas suas vidas domiciliares.

 Nos casos de violência mais graves “espancamento” ou tentativa de estrangulamento’, “esfaqueamento, “tiro” esse percentual é de 74,3% e 79,9%, respectivamente.

  

Isolamento para se proteger do vírus.

Medida Protetiva para se proteger do agressor

 Em 2020, os Tribunais de Justiça concederam mais medidas protetivas de urgência (MPU) do que o ano anterior. O isolamento social não protegeu as mulheres dos agressores, elas continuaram buscando proteção judicial. O  número de medidas concedidas saltou de 281.941 em 2019 para 294.440 em 2020.

 

O telefone da polícia tocou todo minuto, todo dia, 24 horas sem parar

 Os dados de chamados de violência doméstica às Polícias Militares no 190 cresceram 16,3% em relação ao ano passado. Foram quase 700 mil ligações para a polícia relativas a essa tipificação.

Isso significa que, em 2020, mais de um chamado por minuto foi feito por vítimas ou terceiros pedindo ajuda em função de um episódio de violência doméstica.

 

Todos os dias, mais de 600 mulheres bateram na porta das delegacias

Apesar da redução que pode ter diversos fatores — incluindo não menos violência, apenas subnotificação — os números impressionam: Mais de 230 mil mulheres denunciaram um caso de violência doméstica em 26 unidades da federação. Isso significa que ao menos 630 mulheres procuraram uma autoridade policial diariamente para denunciar um episódio de violência doméstica. Seguindo a tendência verificada nos registros de violência doméstica, caíram também os registros de ameaça (-11,8%), e de estupro e estupro de vulnerável (-14,1%).

 

Juventude feminina na mira de assassinos

A taxa de feminicídio tem uma distribuição relativamente igualitária entre as faixas etárias. No entanto, em relação a homicídio de mulheres, metade das vítimas (49,8%) são jovens — sendo 8,8% das vítimas com 12 a 17 anos no momento da morte, 22,1% entre 18 e 24 anos e 15,3% de 25 a 29 anos.

Entre as vítimas de feminicídio, as faixas etárias se distribuem da seguinte forma: de 18 a 24 anos (16,7%), de 25 a 29 anos (16,5%), 30 a 34 anos (15,2%), 35 a 39 anos (15,0%), com poucas vítimas entre crianças e adolescentes.

 

Um macho conhecido com faca, tesoura, canivete, pedaço de madeira na mão

A maior diferença na comparação entre feminicídio e demais assassinatos de mulheres aparece no tipo de instrumento utilizado para cometer o crime.

Armas de fogo respondem por 64% de todos os demais assassinatos de mulheres, seguindo a média nacional.


 Já a maioria dos feminicídios ocorrem com a utilização de armas brancas como facas, tesouras, canivetes, pedaços de madeira e outros instrumentos (55,1%) que podem ser utilizados pelo agressor.

 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

ENEM excludente : Governo Bolsonaro nega isenção de taxa a estudantes carentes

 


 Texto: Ricardo Milan 


O governo Bolsonaro mostra mais uma vez que não tem compromisso algum com a Educação nem tão pouco sensibilidade para com os mais pobres.

Ao negar a isenção da taxa de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos estudantes pobres que perderam a prova do ano passado por medo da pandemia, o governo Bolsonaro acaba com o sonho de milhares de brasileiros ao acesso às Universidades.

A decisão de não isentar a taxa de inscrição exclui exatamente os estudantes mais pobres do ENEM, principal porta de entrada para as Universidades Públicas, além de ser critério para o acesso a bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni) e dos contratos de Financiamento Estudantil (Fies).

O prazo para pagamento da inscrição encerra hoje com o valor de R$ 85,00; ocorre que a maioria dos estudantes pobres não têm condições financeiras de arcar com essa taxa e de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), até agora o número de pré-inscritos é de cerca de 4 milhões de alunos, bem menor que os quase 6 milhões registrados em 2020.

Esse é o menor número de participantes desde 2008 e segundo o Inep, a redução das inscrições poderá ser ainda maior, pois muitos dos que estão pré-inscritos ainda não pagaram a taxa de inscrição.

Esse é mais um desastre anunciado por esse governo terraplanista que não acredita e não promove ciência, destruidor dos serviços públicos e que ignora a necessidade dos mais excluídos.

sábado, 17 de julho de 2021

PT e PDT : Diálogo




Fonte: blog do Marco D'Eça 

O Maranhão virou um dos principais pontos de articulação das eleições presidenciais de 2022 e suas influências nas eleições estaduais.

Já está no estado, desde esta sexta-feira, 16, nada menos que o ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, uma das mais influentes personalidades do PT.

Já o presidente do PDT nacional, ex-ministro Carlos Lupi, desembarca em São Luís na próxima terça-feira, 20.

Dirceu trouxe a família para curtir uns dias de férias nos Lençóis Maranhenses.

Carlos Lupi, por outro lado, tem reunião oficial com o governador Flávio Dino (PSB), exatamente na terça-feira.

Lupi e Dirceu devem se reunir em almoço na próxima quarta-feira, 21, para discutir as eleições presidenciais de 2022 e suas implicações nos estados, inclusive o Maranhão.

Mas esta é uma outra história…

sexta-feira, 16 de julho de 2021

A pandemia não acabou. Proteja-se!!!!




 Final de semana chegando e com certeza os principais pontos de lazer da Ilha, como já vem acontecendo, estarão lotados. Ao passar nestes locais você olha claramente que para muitos a Covid -19 ficou no passado. É como se a pandemia tivesse acabado. Este pensamento não poderia estar mais errado. A pandemia está aí e continua fazendo vítimas. Portanto é fundamental que cada um faço a sua parte e sega os protocolos de segurança. Não se transforme em estatística. 

É claro que aqui em São Luís avançamos muito na vacinação, mas isso não significa “chutar o pau da barraca”. A prevenção é importante. Proteja a si mesmo e as pessoas ao seu redor conhecendo. Evite aglomerações

 Alguns cuidados básicos fazem toda a diferença

 Lave suas mãos com frequência. Use sabão e água ou álcool em gel;

Mantenha uma distância segura de pessoas que estiverem tossindo ou espirrando;

Use máscara quando não for possível manter o distanciamento físico.

Não toque nos olhos, no nariz ou na boca;

Cubra seu nariz e boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou expirar.

Fique em casa se você se sentir indisposto;

Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar.

 Máscaras

 Quem usa máscara pode ajudar a prevenir a propagação do vírus para outras pessoas. Isoladamente, as máscaras não são uma proteção contra a COVID-19, e o uso delas deve ser combinado com o distanciamento físico e a limpeza das mãos. Siga as orientações da autoridade local de saúde.

Juntos, e com responsabilidade, vamos vencer o coronavirus.


quinta-feira, 15 de julho de 2021

Não existe tratamento precoce !!



Texto: Ricardo Milan 

Finalmente e com mais de um ano de atraso o Ministério da Saúde admitiu em nota técnica que o tal e tão propalado kit covid não tem nem uma eficácia contra a doença em qualquer que seja a fase da infecção. Ou seja, só agora, depois que milhares de brasileiros baixaram a guarda em relação às medidas de proteção contra o coronavirus e morreram por acreditar que tinha um remédio para combater a doença, vem o Ministério admitir que estava errado e reconhecer o que toda comunidade cientifica já vinha afirmando desde abril de 2020.

Enquanto todos os governantes tentavam de todas as formas comprar ou estimular o estudo para a descoberta de vacinas o governo brasileiro insistia na tese de tratamento precoce com medicamento já descartado pela comunidade científica mundial.

Na Nota técnica do Ministério da Saúde que foi enviada a CPI da COVID diz que alguns medicamentos como hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina, ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe foram testados e não mostraram benefícios clínicos aos pacientes com covid19, portanto, não deverão ser utilizados para o tratamento da doença em qualquer fase da infecção.

E agora? Dizer o que para os familiares daqueles que sucumbiram por acreditar nas sandices disseminadas pelo governo federal e principalmente pelo presidente Bolsonaro, que prescreveu e divulgou irresponsavelmente esse kit-covid aberta e até institucionalmente por todo canto, inclusive para as emas do Palácio da Alvorada.

A CPI da COVID vem descobrindo que a má gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro tem como motivos mais do que simplesmente o negacionismo sobre a gravidade da doença e a necessidade de vacinas como a maioria acreditava anteriormente. Com o recebimento de documentos oficiais está ficando claro que o objetivo maior era montar um grande esquema de corrupção na compra de medicamentos sabidamente ineficazes para o combate da Covid 19. O aprofundamento das investigações na CPI têm demonstrado que o esquema montado para o kit covid foi modificado para agir também na compra tardia de vacinas. Vamos aguardar o relatório da CPI para saber realmente o tamanho e o alcance desse suposto esquema de corrupção.


quarta-feira, 14 de julho de 2021

Governo Bolsonaro definha


Texto: Ricardo Milan 

 O destempero exacerbado do presidente Bolsonaro é fruto do ocaso de seu governo que definha com o aumento das denúncias de corrupção em vários setores do executivo.

A cada dia que passa e quanto mais perto chegamos das eleições de 2022 fica mais difícil para o presidente vislumbrar conseguir um segundo mandato e isso o está afetando até no quesito saúde. Bolsonaro tem demonstrado uma crise de soluços há mais de uma semana e ontem à noite sentiu dores abdominais que o levaram a ser internado, o que o fez cancelar inclusive uma agenda oficial com os presidentes de poderes, quando iriam propor selar uma agenda para pacificar as relações entre os três poderes da República. 

Eleito com a ajuda de um esquema suspeito de envio de mensagens através de mídias sociais sob o mantra do combate à corrupção, o presidente perde o discurso de probidade com os escândalos diários que assolam vários setores de seu governo.

As denúncias de rachadinha no período em que era deputado federal também voltaram a todo vapor, inclusive com o vazamento de áudios de sua ex-cunhada, que diz claramente que era obrigada a devolver grande parte de seus salários pagos pelo legislativo.

O ex-ministro Ricardo Salles foi demitido em função de gravíssimas acusações de enriquecimento ilícito e conluio com madeireiros ilegais e responde a inquérito na polícia federal por ações enquanto era ministro do meio ambiente.

Agora, o escândalo chegou ao interior do palácio do Planalto com as descobertas feitas pelas investigações da CPI da COVID que sugerem a participação do alto escalão do governo em tentativas de corrupção na compra de vacinas, inclusive com a anuência do próprio presidente.

Segundo o deputado federal Luís Miranda, seu irmão, Luís Ricardo, servidor de carreira do Ministério da Saúde o procurou para denunciar ações atípicas para aprovação de um contrato supostamente irregular para a compra da vacina indiana Covaxin. Sabendo dessa informação o deputado procurou o presidente Bolsonaro no palácio da Alvorada para entregar os documentos suspeitos e pedir providências.

Com todas essas acusações, a cada dia que passa a aprovação do presidente Bolsonaro e seu governo despenca deixando-o completamente acuado e isso é muito perigoso para a manutenção do processo democrático.

Dia 24 de Julho os Movimentos sociais, estudantil e sindical já preparam outra grande manifestação por todo o país para exigir nas ruas vacinas para todos, auxílio emergencial de R$600,00, respeito às diferenças, respeito à democracia e reafirmar a necessidade do impeachment de Bolsonaro.

Brasil registra menor média móvel de mortes por Covid desde 1º de março, com 1.273 vítimas por dia




Fonte: G1


O Brasil registrou 1.613 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta terça-feira (13) 535.924 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.273, o menor registro desde o dia 1º de março (quando estava em 1.223).

 

Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -19% e aponta tendência de queda. É o 17º dia seguido de queda nesse comparativo. O País também registrou a menor média móvel de casos desde o dia 7 de janeiro.

 

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h de terça-feira (13). O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

 

De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel de mortes acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.

Apenas dois estados apresentam tendência de alta nas mortesAC e PR.

 

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia, 19.152.065 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 47.057 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 42.466 novos diagnósticos por dia – a mais baixa desde 7 de janeiro (quando estava em 36.452). Isso representa uma variação de -23% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica tendência de queda também nos diagnósticos.

 

Em seu pior momento, a curva da média de diagnósticos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho.

 

Estados

·         Em alta (2 estados): PR, AC

·         Em estabilidade (6 estados): RR, RO, TO, RJ, CE, BA

·         Em queda (18 estados e o DF): MG, DF, MA, AL, PE, RS, MT, AM, SC, ES, RN, AP, PA, SP, SE, PB, GO, MS, PI


terça-feira, 13 de julho de 2021

A Vacinação precisa ser um ato coletivo

 


Texto: Ricardo Milan 

A falta de interesse e coordenação do Ministério da Saúde no combate à pandemia de coronavírus continua a fazer vítimas Brasil afora. A campanha de vacinação contra a COVID 19, que deveria ser orientada e coordenada pelo Ministério sob as diretrizes do Plano Nacional de Imunizações (PNI), está sendo conduzida de forma politiqueira e sem respeitar os grupos prioritários por diversas prefeituras, que fazem proselitismo político com vacinas que deveriam ser aplicadas de forma uniforme em todo o território brasileiro.

Em São Luís o prefeito Eduardo Braide está desrespeitando o PNI e começa a vacinar adolescentes, sem preocupar-se que na maioria dos municípios maranhense grande parte da população adulta ainda não teve vacina para ser imunizada e continuamos a ver nossos conterrâneos morrendo por não conseguirem vacinar-se.

Esse é um flagrante desrespeito ao PNI e o que é pior, um tapa na cara das famílias maranhenses que continuam a ver seus entes queridos morrendo por falta da vacina.

Em Caxias, por exemplo, onde já morreram quase trezentas pessoas, a prefeitura ainda está vacinando maiores de 20 anos. Em Imperatriz, onde quase mil maranhenses já sucumbiram a essa doença maldita, agora que a prefeitura recebeu vacinas para a faixa etária dos 33 anos. Em Balsas já morreram quase 200 e só agora estão vacinando os maiores de 27 anos. Em Igarapé do Meio agora que estão chamando os maiores de 40 anos para vacinar. Lembrando que a vacinação ainda está nesses patamares por falta de imunizantes no Brasil suficientes para todos.

Claro que queremos que a vacina chegue aos adolescentes também, mas, teria que ser concomitante. Não é compreensível que enquanto temos milhares de adultos maranhenses, que ainda não tiveram a oportunidade de serem vacinados por falta de vacinas São Luís, que já vacinou todos os adultos, comece a imunizar adolescentes.

Apesar de sermos geograficamente uma ilha, fazemos parte de um todo e enquanto não conseguirmos imunizar a todos, o risco continua, pois com a demora na imunização, a chance de aparecerem novas cepas – inclusive resistentes às vacinas já existentes – é muito grande e de nada adiantará termos a população da ilha vacinada.

Temos que lembrar que a vacinação precisa ser um ato coletivo ou de nada adiantará. O Ministério Público deveria pronunciar-se a respeito, afinal somos uma federação e devemos respeitar o PNI, que por conta de o Brasil não ter vacinas para todos, elaborou um cronograma que visa proteger primeiro os mais vulneráveis, e já há estudos suficientes para determinar que os adolescentes e crianças são os menos suscetíveis a ter a forma grave da doença. Vamos ter empatia pelo sofrimento dos outros maranhenses, Sr. prefeito Eduardo Braide.

Esta é mais uma característica do momento em que vivemos depois da ascensão ao poder do governo Bolsonaro. O completo desrespeito à coletividade, a falta de empatia pelo próximo e o desprezo pelos mais vulneráveis.



segunda-feira, 12 de julho de 2021

Violência contra Mulher: Denuncie

 



As imagens da agressão do DJ Ivis, contra a sua ex-mulher correu as redes sociais neste fim de semana.  Uma cena de horror. De uma fera enlouquecida contra uma presa indefesa. Estas imagens e situação violenta, que se intensificaram ainda mais neste período de pandemia, não devem ser ignoradas. São inúmeros os registros de violência contra a mulher. Muitos são os registros de feminicídio. Esse pensamento de que “ Em briga de Marido e Mulher ninguém mete a colher”, é errado. É criminoso. Não devemos fechar os olhos para a violência. Não podemos simplesmente pensar “ o problema não é meu”.  Em algumas imagens e possível ver o DJ agredindo a mulher, enquanto um homem, que estava na sala, se retira, deixando a mulher entregue à fera.

 

Quando uma pessoa sofre uma agressão e você simplesmente se omite, neste momento você se torna cumplice desta agressão. Não adianta depois você se dizer chocado ou postar na internet o seu repúdio. Se você teve a chance de defender e de denunciar e não fez NADA, você ajudou para que esta agressão ficasse impune.  

 

É fundamental estarmos atentos aos sinais de agressão e abuso. Muitas mulheres já vivem a tanto tempo neste círculo de terror, que se acham culpadas pela situação que estão. Que aquilo está acontecendo por sua culpa. Não, não é sua culpa. É isso que o agressor quer que você pense. A violência não está só na violência física. Ela pode ser psicológica, patrimonial, virtual, sexual e moral. Em todas elas a vítima precisa ser amparada. Acolhida.

Não feche os seus olhos para a violência contra a mulher.  

Denuncie.

Ligue 180

 


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